Ao menos dez grandes empresas americanas extinguiram ou afrouxaram suas políticas de diversidade, que tinham o objetivo de gerar ambientes mais inclusivos e atuar contra a discriminação no espaço de trabalho.
O governo Trump continua avançando rapidamente, especialmente nas primeiras 48 horas após a posse, com a completa desarticulação das políticas Woke da extrema-esquerda implementadas durante o governo Biden e, de fato, nos últimos anos.
Uma das ordens executivas de Trump proíbe o financiamento federal de qualquer iniciativa que promova os conceitos da sigla D.E.I. (Diversidade, Equidade e Inclusão), que na realidade encobrem políticas de preconceito e racismo institucionalizado.
A ordem executiva intitulada “Fim da Discriminação Ilegal e Restauração das Oportunidades Baseadas no Mérito” é um exemplo significativo disso:
“As leis federais de direitos civis, de longa data, protegem os indivíduos americanos contra a discriminação baseada em raça, cor, religião, sexo ou origem nacional. Essas proteções de direitos civis servem como um alicerce que sustenta a igualdade de oportunidades para todos os americanos. Como Presidente, tenho o dever solene de garantir que essas leis sejam aplicadas em benefício de todos os americanos […] Políticas ilegais de DEI e DEIA (diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade) não só violam o texto e o espírito das nossas leis federais de direitos civis de longa data, mas também minam a nossa unidade nacional, pois negam, desacreditam e subvertem os valores americanos tradicionais de trabalho árduo, excelência e realização individual em favor de um sistema de privilégios baseado na identidade, que é ilegal, corrosivo e pernicioso. Americanos trabalhadores que merecem uma chance no Sonho Americano não devem ser estigmatizados, humilhados ou excluídos de oportunidades por causa de sua raça ou sexo […] O Governo Federal é encarregado de fazer cumprir nossas leis de direitos civis. O propósito desta ordem é assegurar que ele o faça, encerrando preferências e discriminações ilegais”.
Essa perspectiva da extrema-esquerda classifica a sociedade em grupos de opressores e oprimidos, permitindo que se promova o preconceito contra os considerados opressores em favor dos oprimidos. Para a esquerda, o indivíduo não importa; o valor de uma pessoa é determinado unicamente pela sua identidade de grupo. Por isso, frequentemente nos referimos ao marxismo como uma forma de coletivismo que nega os direitos humanos mais fundamentais, como o de ser tratado como um indivíduo.
Trump está desmontando esse racismo institucionalizado, e a Suprema Corte dos EUA já declarou que a implementação dessas políticas em universidades é inconstitucional, pois promove discriminação contra certos grupos, especificamente brancos e asiáticos, que, mesmo com notas equivalentes, muitas vezes não conseguem vagas devido a políticas de cotas. Consequentemente, Trump foi além de proibir essa agenda no governo federal, já alertando 4.000 funcionários públicos que atuam nesse tipo de agency.
A reação da extrema-esquerda é previsível, com veículos como o Lula News já se referindo a essas mudanças como um ataque.
Um dos aspectos mais preocupantes dessa volta de Trump é a impressão de que ele busca revanche contra políticas, resultado de uma análise cuidadosa feita ao longo dos anos, que reconheceu que algumas minorias têm menos oportunidades na sociedade americana. Trump critica o aparelhamento das universidades por extremistas de esquerda que reformulam a visão marxista, onde a opressão dos proletários foi substituída por identitarismo. Nesse contexto, negros seriam oprimidos por brancos, mulheres por homens, gays por heterossexuais, e assim por diante. Isso cria uma dinâmica de grupo oprimido versus grupo opressor, levando à necessidade de desenvolver políticas públicas que penalizem indivíduos com base em sua identidade de grupo, desconsiderando as características pessoais. Por exemplo, a ideia de que um branco vivendo em uma favela possui mais privilégios do que um negro de uma família rica que frequentou as melhores escolas ignora nuances que não se encaixam na narrativa da esquerda.
Essas minorias também estão pagando o preço por um discurso mais conservador. Faz sentido isso? O fim das políticas de equidade racial e inclusão realmente melhorará a sociedade americana e a economia dos EUA? Essa abordagem atende às necessidades de apenas uma parte da população, mas uma sociedade verdadeiramente funcional precisa de uma estrutura hierárquica baseada na competência. É crucial ter as melhores pessoas em posições de liderança, tanto no setor público quanto no privado, e um processo legal que assegure a ausência de preconceito na busca pelas melhores pessoas.
No discurso de posse, Trump afirmou que devemos ser “cegos à cor” e avaliar as pessoas com base em seu mérito e esforço. O que a esquerda defende, ao favorecer a cota de grupos, essencialmente sugere que esses grupos minoritários não são capazes de competir por mérito, o que é, na verdade, uma perspectiva preconceituosa.
A lógica conservadora liberal, ao contrário, afirma que qualquer pessoa pode ocupar qualquer vaga, dependendo de seu esforço e capacidade individuas. Para construir uma sociedade sem tensão e que avance ao longo do tempo, devemos avaliar as posições com base no mérito e não em características externas.
As políticas de cotas têm se mostrado ineficazes, até mesmo em termos matemáticos; se há 100 candidatos sem nenhuma restrição, é mais provável encontrar a melhor pessoa do que se a seleção for limitada a um número reduzido de candidatos. A verdade é que muitos membros de grupos considerados minoritários já perceberam a falácia das políticas de esquerda, como ficou evidente no apoio histórico de Trump entre comunidades que tradicionalmente votavam à esquerda, como a população negra e hispânica. Eles desejam ter liberdade para alcançar o sucesso por mérito individual, não por meio de cotas que geram muitas vezes mais desvantagens do que benefícios para a sociedade como um todo.
Cada vez mais pessoas estão se conscientizando dessa realidade.